João da Raya, também conhecido como o poeta d’a Galiza mail’o Minho, é o poeta maior do reino. Apresenta um semblante intelectual e é dono de um bigode gigante, que espelha o seu estilo e a sua sabedoria. De todos os seus recursos, enquanto poeta, destaque para a escolha excêntrica dos locais onde declama a sua poesia, que muitos dizem ser mágica e encantadora. Incontestável e fervoroso no amor à terra, é dele a célebre expressão, “Amo a minha terra e tenho-a endeusado como um bom filho”. Quanto dariam outras terras por ter o amor de tal filho?
Coquinhas, o lendário dragão do reino. Uma autêntica criatura, não só mitológica, que se diz representar as forças do mal. A ver pela sua apresentação, de cor verde aterradora, cabeça giratória, garras de unhas aguçadas, goelas abertas e língua afiada, faz sempre temer o pior. Mas o seu gosto “sui generis” por acessórios, principalmente brincos, põe tudo isso em causa. A ela, é-lhe dedicada um dos eventos culturais mais relevantes do reino: “O Combate da Coquinhas de Monção”, onde se enfrenta ao seu maior inimigo, Jorge do Cavalo – O Cavaleiro do Reino. Se a vitória lhe sorrir, aproximam-se tempos de fome e miséria. Ainda bem que o destino do combate dita sempre o contrário.
O Capitão Lampreia é um capitão heroico e afamado, com espírito de pirata. Um explorador e conhecedor profundo das águas do reino. A sua perna de pau, o olho de vidro e a cara de mau são prova de um pirata navegante, habituado a viver uma vida de aventura e liberdade, por mares e terras nunca antes navegados. Em Monção, onde encontrou o gosto pela pesca, é-lhe reconhecida a excelência da sua inteligência e também, as suas regras e constantes mudanças de espírito: à bordalesa, com cara arrozada, empanado, em escabeche e, ultimamente, muito cru, em modo sushi.
“Senhores e Senhoras, vós recordareis sempre a Feira do Alvarinho como a festa em que conhecestes o Capitão Lampreia”, Capitão Lampreia.
“A Maravilha”, a principal maravilha do reino. Tem um gosto especial por banhos, que se traduz em cerca de três a quatro esfregas por dia, e apresenta-se como um dos bens mais preciosos do reino, com enorme importância para a gastronomia local e relevância para o património cultural imaterial. Criada e mimada, desde cedo, com muita arte e carinho, ela reflete bem o caráter afável e bem-disposto dos habitantes.
Dona Rosca, a típica Sra. das Roscas de Monção. Doce e encantadora, assim como a famosa doçaria tradicional que vende, é uma das personagens mais características do reino. O amor e a dedicação que emprega no seu ofício, através de um “saber fazer” geracional e umas mãos experientes, exprime-se no sabor delicioso das suas roscas, rosquilhos e papudos. Com uma vida inteira dedicada à produção destes produtos artesanais, é o exemplo vivo de uma terra de rosqueiras.
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